24.12.11

Natal, festa laica.




Feliz natal a todos! Feliz ano novo! Votos de felicidades mil.

De todos os cumprimentos acima, tão repetidos nesta época, o único que pode ser dito a qualquer um sem risco de ofensa é o último. Votos de felicidade são bem vindos em qualquer religião, de qualquer povo, em qualquer época.

Cansei-me de ouvir a galera pseudointelectual descer a lenha no natal, no cinismo da época, no consumismo desenfreado e tal. E os engraçadinhos informados, dizendo que em tal e tal cultura o ano só é comemorado em tal data e o ano comemorado já é o sei lá qual. Fora os chatíssimos neopagãos reclamando das datas e símbolos roubados pelo cristianismo e a discussão de celebrar algo invernal no meio dos trópicos brasileiros.

Concordo e discordo com todo mundo, mas esse mau humor não me pega. Este ano tive uma prova estranhamente delicada vinda de uma operadora de TV a cabo, esses monstrengos que cobram absurdo por conteúdo dos outros. O anúncio dizia que tinha um presente de fim de ano para os seus assinantes, pois tal e qual canais estariam com sinal liberado este mês.

Note: presente de fim de ano, não presente de natal. Eles ganharam a simpatia de meio mundo por não terem vinculado a ideia de presente com nenhuma tradição religiosa específica. Simplesmente celebrem, pessoas.

Portanto, feliz fim de ano a todos! É época de confraternização sim, de dar presente, de torrar o 13º salário para agradar gente ao nosso redor, de ver família e comer até a barriga doer, de engordar com nozes e castanhas e panetone de chocolate com pernil e peru, de encher a cara de champanhe vestido de branco e desejando paz para o mundo, de renovar votos, de prometer mudar nos próximos 365 dias, e isso não tem absolutamente nada a ver com nenhuma cultura ou postura ideológica. Tem a ver apenas e somente com celebrar a vida!

E você, seu chato que reclama que agora devia ser época de reflexão, reflita, E divirta-se. Essas coisas PODEM ser feitas juntas.